Eu sou poetisa da escuridão
que semeia em frios jardins
flores mortas com as pálidas mãos
Sou o ser escuro que vigia a noite
com o olhar de vampiro
buscando encontrar a beleza
que se esconde em cada sombra
Meus olhos pintados de preto
vêem o que não pode ser visto
pelos olhos mortais
Eu sou a bruma noturna
o ouvido dos Gárgulas nas catedrais
Eu vagueio nos céus escuros
onde os olhos dos corvos
brilham no mágico crepúsculo
Nas trevas vejo a luz
que poucos ainda produz
e na terra onde os seres do dia
rastejam plano suavemente
com minhas asas de anjo negro
Minha solidão devora as horas
esperando o dia terminar
até cair sobre mim o manto da noite
onde sonho acordado
sem despertar...
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