domingo, 27 de junho de 2010

NÃO FUJAS! VENHA PRA MIM...


Alma que sofres pavorosamente

A dor de seres privilegiada

Abandona o teu pranto, sê contente

Antes que o horror da solidão te invada.

Deixa que a vida te possua ardente

Ó alma supremamente desgraçada.

Abandona, águia, a inóspita morada

Vem rastejar no chão como a serpente.

De que te vale o espaço se te cansa?

Quanto mais sobes mais o espaço avança...

Desce ao chão, águia audaz, que a noite é fria.

Volta, ó alma, ao lugar de onde partiste

O mundo é bom,

o espaço é muito triste...

Talvez tu possas ser feliz um dia.

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